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Sambas
Letras
SAMBA EXALTAÇÃO
Autor: Carlos Britto
Samba ecoou e o nosso amor não tem igual
Anunciando a Batuque Ancestral
Trás pra avenida a história do seu povo
Nas suas cores resistência e devoção
Vermelho, branco e preto são simbologias
Soltando a voz dos ancestrais no coração
2023 - JOÃO DO VALE CARACRÁ, O POETA DO POVO ECOOU SEU CANTAR
Autores: Carlos Britto / Marcelo Maya
Na força da cultura a sua guia
Venceu agonia pra se encontrar
Do amargo das ruas o docê
E no frio da noite
No bumba meu boi foi cantar
Roubaram o direito ao estudo
Luz no fim do túnel
Veio iluminar
Poeta que viveu de tudo
Em meio ao luto
Deus sempre abençoar
De Pedreiras Maranhão
Com fé e devoção
A São Benedito padroeiro
Por muitas estradas passou
Ao Cristo Redentor
Em busca do Rio de Janeiro
De trem... pra Teresina ele partiu
Minas Gerais ouro Brasil
Com as mãos de massa a voz se ouviu
No rádio ecoou seu pensar
No palco show opinião
Contra opressão.... se fez eternizar
Peba na pimenta, fogo quente do sertão
Pisa na fulô, mas o amor maltrata não
Coronel Antônio Bento Juliana se casou
E a ema gemedeira lá no jurema chorou
Vida difícil... mesmo assim venceu
A sua história e seus versos
Foi seu apogeu
Do chão sagrado não esqueceu
Acreditou, seguiu em frente
Um guerreiro nordestino, valente
Pega, mata e come
Firma esse cantar
Batuque que grita
Voz a anunciar
Ecoa o poeta do povo
João do Vale carcará.
2022 - EU SOU BATUQUE
Autor: Carlos Britto
Samba ecoou e o nosso amor não tem igual
Anunciando a Batuque Ancestral
Trás pra avenida a história do seu povo
Nas suas cores resistência e devoção
Vermelho, branco e preto são simbologias
Soltando a voz dos ancestrais no coração
Da licença vou passar
Vim do Terreiro, vim da rua e quintal
Sou o Batuque entre becos e vielas
Acendo vela na pedreira ancestral
Kaô Kabecilê Xangô meu padroeiro
Povo guerreiro nesse chão eu sou feliz
O meu samba é verdadeiro
Religião minha raiz
Eu sou Batuque
Bato no peito com orgulho e emoção
Eu Sou Batuque
Amor Maior Meu Pavilhão
2020 - O QUILOMBO CHAMADO BRASIL, RESISTIR PRA EXISTIR
Autor: Carlos Britto
Livres..... correr e voar
Sem ser castigados ser o que quiser
De fato e direito o nosso lugar
De punhos cerrados não vão nos parar
Seguimos firmes fé é quem nos guia
Quebrou a corrente dessa agonia
Desde Gangazumba, Zumbi e Dandara
Pela liberdade lutar pra vencer
Mãos que nunca largam nada nos separa
Temos nossa força pra nos defender
Que país é esse?
Diga por favor
Onde o nosso povo
É a própria história
Luta é nossa glória
Pátria mãe gentil
Somos o quilombo
Chamado Brasil
Nos quatro cantos ecoa o canto
Quilombo cidade quilombo rural
De cabeça erguida firma esse ponto
Axé de terreiro no nosso quintal
Resistir pra existir
Na nossa terra ninguém mete a mão
Somos quilombolas raiz e cultura
Nossa alma pulsa a libertação
Bate esse tambor...
Sangue derramado não queremos mais
Da pele preta essa é nossa cor
Batuque grita direitos iguais
Contra esse sistema feitor capataz.
2019 - CANDEIA GUERREIRO! NEGRITUDE, AXÉ, LIÇÃO
Autor: Carlos Britto
Lutou... por uma cultura de raiz
Valorização fez do samba sua paz
Mostrou pra sua gente o segredo
Todos nós somos iguais
Deixou seu testamento como herança
E na criança o crescimento da nação
Verdes matas de conhecimento
Rios de ouro e proteção
ÔÔ - ÔÔ
Samba de roda, capoeira vou jogar
Maracatu, jongo diz no pé
Pisa firme no terreiro
Mães que giram candomblé
Orixás trás proteção
Oxóssi Okê arô, Ora iê iê mamãe Oxum
Não suas águas batizou
Sentado em seu trono de rei
Uma luz da inspiração
Fez dos versos suas armas
Musicadas munições
A Portela, amor, respeito
Sereia na beira do amar
Deu Quilombo ao seu povo
Não se pode deturpar
Em uma só voz vai ecoar
Candeia guerreiro, negritude, axé, lição
Resistência que corre nas veias
Batuque ancestral hoje é emoção.